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Agente comunitário: um trabalho que vai além da promoção da saúde
Atualizado em 30 Jul 2020 às 11h
Recorta daqui, cola dali. Em pouco tempo a capinha para caderneta de vacinação está pronta. Confeccionado em EVA, o acessório, todo colorido, é ilustrado por um ursinho, leãozinho, trenzinho, coroa de príncipe ou princesa, ou o que mais a imaginação – e a habilidade – permitir.
Essa tarefa não está na lista de atribuições do agente comunitário de saúde. Mas na Unidade de Saúde da Família (USF) do Bananal, em Cabreúva, já faz parte da rotina das agentes, que dedicam parte de seu tempo livre para produzir, com as próprias mãos e habilidade, a capinha colorida, “um presente” para todas as mamães atendidas por lá.
“A gente tinha o EVA disponível. Mas os outros materiais, como fita de cetim e pedraria, nós mesmas compramos”, conta a agente comunitária Gislaine Teixeira Flora, a Toco, que produz os “mimos” ao lado das colegas Esdra Silmara Zambelli, Alessandra Leme Silva e Elenice Honório dos Santos.
O objetivo, explicam as agentes, é que as mães consigam conservar a carteirinha de vacinação dos filhos. “A gente percebe aqui, quando as crianças vêm tomar a vacina, que a maioria das carteirinhas não está em boas condições. Mas as pessoas esquecem que esse é um documento importante, que vamos utilizar por toda a vida”, reforça Toco.
Esdra conta que a ideia de presentear as mamães surgiu durante a Semana do Bebê, no ano passado. “A gente queria dar um lembrancinha para as mães que iriam participar do evento, mas não tínhamos verba. Já tinha visto uma mãe com uma carteirinha encapada, toda chique, e tivemos a ideia de fazer a capinha”, lembra a agente de saúde.
A dona de casa Adriana Mateus da Silva recebeu, já faz mais de seis meses, o presente para a caderneta da pequena Maria Sophia e aprovou a iniciativa. “Gostei muito porque dá para deixar tudo bem organizado, sem perigo de rasgar ou sujar a carteirinha de vacinação”, diz ela, elogiando o trabalho das agentes de saúde do bairro. “Elas são sempre muito atenciosas.”
CAIXINHAS DE REMÉDIO - Na visita à casa da dona Damiana da Luz Cavalcante, de 56 anos, encontramos outra “arte” das agentes comunitárias de saúde do Bananal: uma caixinha de remédios personalizada, também confeccionadas pelas “meninas do postinho”.
Damiana toma vários medicamentos de uso contínuo – para diabetes, colesterol, pressão – e como não sabe ler tinha dificuldade de tomar os remédios certos na hora certa. “As caixinhas são todas parecidas”, conta ela.
As agentes então fizeram uma caixinha com desenhos para facilitar a identificação. O sol significa que é o remédio da manhã; o sol com a nuvem, do meio-dia; e as estrelas, para os remédios da noite. E toda a semana, durante a visita, elas deixam os remédios separados para Damiana, que “agora não depende de mais ninguém pra tomar os remédios”.
“Tem muito paciente com dificuldade de tomar a medicação corretamente. A dona Damiana, por exemplo, estava medicada e os exames não melhoravam. A gente não entendia. Agora que está tomando corretamente, os exames estão bons”, conta a agente Alessandra.
MISSÃO - O agente comunitário de saúde, também chamado de ACS, faz parte da estratégia de saúde da família (ESF), prevista na Política Nacional de Atenção Básica. Em Cabreúva, as primeiras equipes foram formadas em 2013, na gestão do prefeito Henrique Martin. Atualmente, a cidade conta com o trabalho de 25 ACSs. Eles têm a missão de promover a saúde dos moradores e ser um elo entre o “postinho” e a população dos bairros onde atuam.
A secretária de Saúde, Rita Hollo, lembra que esses profissionais têm um papel importante no acolhimento, especialmente daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade. “Eles criam e estreitam os vínculos entre o conhecimento técnico e o saber popular. E possibilitam que as necessidades da população cheguem à equipe de profissionais da unidade de saúde”, reforça.
Agente comunitário: um trabalho que vai além da promoção da saúde
Recorta daqui, cola dali. Em pouco tempo a capinha para caderneta de vacinação está pronta. Confeccionado em EVA, o acessório, todo colorido, é ilustrado por um ursinho, leãozinho, trenzinho, coroa de príncipe ou princesa, ou o que mais a imaginação – e a habilidade – permitir.
Essa tarefa não está na lista de atribuições do agente comunitário de saúde. Mas na Unidade de Saúde da Família (USF) do Bananal, em Cabreúva, já faz parte da rotina das agentes, que dedicam parte de seu tempo livre para produzir, com as próprias mãos e habilidade, a capinha colorida, “um presente” para todas as mamães atendidas por lá.
“A gente tinha o EVA disponível. Mas os outros materiais, como fita de cetim e pedraria, nós mesmas compramos”, conta a agente comunitária Gislaine Teixeira Flora, a Toco, que produz os “mimos” ao lado das colegas Esdra Silmara Zambelli, Alessandra Leme Silva e Elenice Honório dos Santos.
O objetivo, explicam as agentes, é que as mães consigam conservar a carteirinha de vacinação dos filhos. “A gente percebe aqui, quando as crianças vêm tomar a vacina, que a maioria das carteirinhas não está em boas condições. Mas as pessoas esquecem que esse é um documento importante, que vamos utilizar por toda a vida”, reforça Toco.
Esdra conta que a ideia de presentear as mamães surgiu durante a Semana do Bebê, no ano passado. “A gente queria dar um lembrancinha para as mães que iriam participar do evento, mas não tínhamos verba. Já tinha visto uma mãe com uma carteirinha encapada, toda chique, e tivemos a ideia de fazer a capinha”, lembra a agente de saúde.
A dona de casa Adriana Mateus da Silva recebeu, já faz mais de seis meses, o presente para a caderneta da pequena Maria Sophia e aprovou a iniciativa. “Gostei muito porque dá para deixar tudo bem organizado, sem perigo de rasgar ou sujar a carteirinha de vacinação”, diz ela, elogiando o trabalho das agentes de saúde do bairro. “Elas são sempre muito atenciosas.”
CAIXINHAS DE REMÉDIO - Na visita à casa da dona Damiana da Luz Cavalcante, de 56 anos, encontramos outra “arte” das agentes comunitárias de saúde do Bananal: uma caixinha de remédios personalizada, também confeccionadas pelas “meninas do postinho”.
Damiana toma vários medicamentos de uso contínuo – para diabetes, colesterol, pressão – e como não sabe ler tinha dificuldade de tomar os remédios certos na hora certa. “As caixinhas são todas parecidas”, conta ela.
As agentes então fizeram uma caixinha com desenhos para facilitar a identificação. O sol significa que é o remédio da manhã; o sol com a nuvem, do meio-dia; e as estrelas, para os remédios da noite. E toda a semana, durante a visita, elas deixam os remédios separados para Damiana, que “agora não depende de mais ninguém pra tomar os remédios”.
“Tem muito paciente com dificuldade de tomar a medicação corretamente. A dona Damiana, por exemplo, estava medicada e os exames não melhoravam. A gente não entendia. Agora que está tomando corretamente, os exames estão bons”, conta a agente Alessandra.
MISSÃO - O agente comunitário de saúde, também chamado de ACS, faz parte da estratégia de saúde da família (ESF), prevista na Política Nacional de Atenção Básica. Em Cabreúva, as primeiras equipes foram formadas em 2013, na gestão do prefeito Henrique Martin. Atualmente, a cidade conta com o trabalho de 25 ACSs. Eles têm a missão de promover a saúde dos moradores e ser um elo entre o “postinho” e a população dos bairros onde atuam.
A secretária de Saúde, Rita Hollo, lembra que esses profissionais têm um papel importante no acolhimento, especialmente daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade. “Eles criam e estreitam os vínculos entre o conhecimento técnico e o saber popular. E possibilitam que as necessidades da população cheguem à equipe de profissionais da unidade de saúde”, reforça.
https://www.cabreuva.sp.gov.br/agente+comunitario+um+trabalho+que+vai+alem+da+promocao+da+saude.aspx