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DEZ
Ele vem aí: Papai Noel pronto para Natal dos Sonhos em Cabreúva
Atualizado em 11 Dez 2019 às 03h
Basta um dedo de prosa e tudo fica às claras: o bom humor é a marca registrada de Jorge Prokopas, o homem que dá vida ao Papai Noel de Cabreúva.
Todo fim de ano tem sido assim. O paulistano da Moóca assume dupla identidade há mais de quatro décadas. Algo que começou de forma espontânea, sem ele perceber, e que mudaria a vida desse oficial aposentado da Polícia Militar, hoje com 64 anos.
“Eu participava de um grupo de escoteiros e a gente fazia uma festa de confraternização no fim do ano, com troca de presentes. Um dia, alguém sugeriu: por quê você não vem de Papai Noel?! E não é que deu certo?!”
À época, Jorge tinha seus vinte e poucos anos. “Mas estava um pouco fora de forma, gordinho, o que me ajudou na caracterização”, lembra.
De lá pra cá, Jorge viu a história ganhar força, crescer e se popularizar pelo boca-a-boca dos amigos. Já perdeu as contas de quantos anos não passa o Natal com a família. Mas não se importa. Nessa hora, o amor ao que se faz fala sempre mais alto.
“Olha só esse ano: eu tenho uns três eventos no dia 24 à noite. Vou chegar em casa depois da meia-noite… mas minha família me espera. Temos descendência lituana e seguimos um rito que faz parte da nossa cultura. Mas para além disso, e independentemente de qualquer religião, o importante é o espírito do Natal, é algo poderoso, capaz de mudar as coisas. O que vale é a essência.”
Para Todos
“Os que podem me pagam. Os que não podem, recebem. É assim que deve ser. Faço de coração e de alma aberta. No fim, o que fica de tudo isso é a experiência e a lembrança de passagens que vou levar comigo.”
A primeira que vem à mente é a de um garoto, numa esquina da capital paulista. Ele avistou Jorge no carro, ainda vestido de Papai Noel, enquanto voltava de um evento.
- Papai Noel, Papai Noel! Quero muito falar com você!
Jorge então estacionou o carro, aprumou sua roupa, ajustou a barba e foi ao encontro do pequeno.
-Eu só queria te agradecer por tudo o que eu ganhei. Tem carrinho, tem bola… poxa, Papai Noel, muito obrigado!
Quando se virou para seguir seu caminho, foi surpreendido com uma pergunta do menino.
-Você tem uma bala pra me dar?
E não havia sobrado nenhuma. Jorge ficou desalentado.
“Olha, eu voltei naquele cruzamento por anos, vestido de Papai Noel e com um pacote de balas no carro. Mas nunca mais vi aquele menino. Isso me marcou demais!”
Outro caso, recorda, foi quando chegou em um hospital do Mandaqui, para uma visita surpresa na ala dos velhinhos. “Quando entrei tocando meu sino, uma senhora, bem idosa, cabeça branca, veio de cadeira de rodas em minha direção e estendeu a mão pra mim.”
-Sabe, Papai Noel… pensei que fosse morrer sem te conhecer.
“Foi difícil segurar a emoção.”
Não sei quando paro
Jorge olha o futuro e não se vê apenas como a si mesmo na época do Natal. “Acontece alguma coisa quando eu coloco aquela roupa. Eu realmente me transformo em Papai Noel. A sensação é indescritível. E muita gente me liga nessa época do ano. Eu não sei falar não.”
Por hora, ele ainda guarda chupetas e mamadeiras em sua garagem, vindas de crianças que trocaram por presentes. “Cada chupeta tem uma história. Não dá pra se desfazer.”
Jorge, ou melhor, o Papai Noel será um dos pontos altos no Natal dos Sonhos, no sábado (14), com chegada à Praça Central de Cabreúva prevista para as 19h.
Imperdível.
Ele vem aí: Papai Noel pronto para Natal dos Sonhos em Cabreúva
Basta um dedo de prosa e tudo fica às claras: o bom humor é a marca registrada de Jorge Prokopas, o homem que dá vida ao Papai Noel de Cabreúva.
Todo fim de ano tem sido assim. O paulistano da Moóca assume dupla identidade há mais de quatro décadas. Algo que começou de forma espontânea, sem ele perceber, e que mudaria a vida desse oficial aposentado da Polícia Militar, hoje com 64 anos.
“Eu participava de um grupo de escoteiros e a gente fazia uma festa de confraternização no fim do ano, com troca de presentes. Um dia, alguém sugeriu: por quê você não vem de Papai Noel?! E não é que deu certo?!”
À época, Jorge tinha seus vinte e poucos anos. “Mas estava um pouco fora de forma, gordinho, o que me ajudou na caracterização”, lembra.
De lá pra cá, Jorge viu a história ganhar força, crescer e se popularizar pelo boca-a-boca dos amigos. Já perdeu as contas de quantos anos não passa o Natal com a família. Mas não se importa. Nessa hora, o amor ao que se faz fala sempre mais alto.
“Olha só esse ano: eu tenho uns três eventos no dia 24 à noite. Vou chegar em casa depois da meia-noite… mas minha família me espera. Temos descendência lituana e seguimos um rito que faz parte da nossa cultura. Mas para além disso, e independentemente de qualquer religião, o importante é o espírito do Natal, é algo poderoso, capaz de mudar as coisas. O que vale é a essência.”
Para Todos
“Os que podem me pagam. Os que não podem, recebem. É assim que deve ser. Faço de coração e de alma aberta. No fim, o que fica de tudo isso é a experiência e a lembrança de passagens que vou levar comigo.”
A primeira que vem à mente é a de um garoto, numa esquina da capital paulista. Ele avistou Jorge no carro, ainda vestido de Papai Noel, enquanto voltava de um evento.
- Papai Noel, Papai Noel! Quero muito falar com você!
Jorge então estacionou o carro, aprumou sua roupa, ajustou a barba e foi ao encontro do pequeno.
-Eu só queria te agradecer por tudo o que eu ganhei. Tem carrinho, tem bola… poxa, Papai Noel, muito obrigado!
Quando se virou para seguir seu caminho, foi surpreendido com uma pergunta do menino.
-Você tem uma bala pra me dar?
E não havia sobrado nenhuma. Jorge ficou desalentado.
“Olha, eu voltei naquele cruzamento por anos, vestido de Papai Noel e com um pacote de balas no carro. Mas nunca mais vi aquele menino. Isso me marcou demais!”
Outro caso, recorda, foi quando chegou em um hospital do Mandaqui, para uma visita surpresa na ala dos velhinhos. “Quando entrei tocando meu sino, uma senhora, bem idosa, cabeça branca, veio de cadeira de rodas em minha direção e estendeu a mão pra mim.”
-Sabe, Papai Noel… pensei que fosse morrer sem te conhecer.
“Foi difícil segurar a emoção.”
Não sei quando paro
Jorge olha o futuro e não se vê apenas como a si mesmo na época do Natal. “Acontece alguma coisa quando eu coloco aquela roupa. Eu realmente me transformo em Papai Noel. A sensação é indescritível. E muita gente me liga nessa época do ano. Eu não sei falar não.”
Por hora, ele ainda guarda chupetas e mamadeiras em sua garagem, vindas de crianças que trocaram por presentes. “Cada chupeta tem uma história. Não dá pra se desfazer.”
Jorge, ou melhor, o Papai Noel será um dos pontos altos no Natal dos Sonhos, no sábado (14), com chegada à Praça Central de Cabreúva prevista para as 19h.
Imperdível.
https://www.cabreuva.sp.gov.br/ele+vem+ai+papai+noel+pronto+para+natal+dos+sonhos+em+cabreuva.aspx
Autoria: Thiago Secco