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Horta promove socialização e muda rotina de pacientes do Caps
Atualizado em 29 Nov 2019 às 08h
Plantar, regar as plantas, esperá-las crescer, acompanhar, cuidar, limpar os canteiros, fazer a colheita. Essa rotina de manter uma horta tem ajudado no tratamento de um grupo de pacientes do Centro de Atenção Psicossocial, o Caps #Somos tão jovens, de Cabreúva.
Prestes a completar dois anos, o grupo “da horta” foi a primeira terapia em grupo criado no Caps em fevereiro de 2018. “O objetivo dos grupos é a socialização desses pacientes. É um complemento ao tratamento”, destaca a terapeuta ocupacional, Talyta Guarnieri, que coordena um dos grupos.
Além do de Talyta, às terças-feiras, a psicóloga Kateri Rodrigues é responsável por outro grupo da horta, que se reúne às quartas-feiras. “A gente comprou tudo que precisava para montar a horta, as ferramentas, os tijolos pros canteiros, as mudas, matéria orgânica”, lembra Tilly, como é carinhosamente chamada. “E continuamos comprando e fazendo de tudo para que ela não se destrua.”
Todos os pacientes que participam dos grupos, juntamente com funcionários do Caps, são responsáveis pela manutenção da horta, do plantio à colheita. “É uma atividade que exige tempo, cuidado, compromisso, disciplina, paciência, porque demora pra gente colher. É uma forma de trabalhar tudo isso”, diz Talyta, lembrando algumas regrinhas para participar do grupo: “tem de ser paciente do Caps, passar por uma triagem e cumprir o horário”.
Os resultados são surpreendentes. “Todos que participam se tornaram mais proativos, comprometidos”, comemoram as coordenadoras. Os pacientes se reúnem toda terça pela manhã e quarta à tarde. “Além disso, eles se dividem para virem em outros dias da semana para regar a horta. E todos cumprem direitinho.”
Como o seo Antonio Gomes da Cunha, de 68 anos, morador no Jardim Pedroso. Ele está no grupo desde o início, quando ainda era um “pedacinho” de canteiro. “Mexer com a horta me desestressa, fico mais tranquilo”, conta ele, que é o responsável por cuidar da horta às quintas-feiras. “Além de ter um compromisso, é uma terapia e está me ajudando a sair de casa.”
Também morador do Jardim Pedroso, Vicente Paulo da Silva Júnior, 43 anos, é outro que participa do grupo desde o início e sente os benefícios dessa terapia “além do consultório”. “Aqui me distrai, a cabeça fica mais calma. E a gente leva o que produz pra casa”, diz.
Nesses quase dois anos, a horta cresceu em tamanho e quantidade de culturas plantadas. Começou com um canteiro pequeno e três ou quatro hortaliças. Hoje, são três grandes canteiros e mais de 20 variedades, entre verduras e legumes, entre eles: couve, alface, almeirão, rúcula, beterraba, chuchu, abobrinha, cenoura, berinjela, entre outros.
A atividade envolveu várias etapas e todas com participação efetiva dos pacientes, desde o planejamento do espaço, a divisão de tarefas, o preparo dos canteiros, a busca pelas ferramentas, até começar a plantar e cuidar da horta efetivamente.
Talyta destaca ainda que a frequência nos grupos é uma forma de os pacientes se envolveram mais com o Caps. “Assim a gente consegue observá-los mais de perto, criar um vínculo de confiança”. Tilly complementa: “A horta ajuda esses pacientes na jornada deles”.
Horta promove socialização e muda rotina de pacientes do Caps
Plantar, regar as plantas, esperá-las crescer, acompanhar, cuidar, limpar os canteiros, fazer a colheita. Essa rotina de manter uma horta tem ajudado no tratamento de um grupo de pacientes do Centro de Atenção Psicossocial, o Caps #Somos tão jovens, de Cabreúva.
Prestes a completar dois anos, o grupo “da horta” foi a primeira terapia em grupo criado no Caps em fevereiro de 2018. “O objetivo dos grupos é a socialização desses pacientes. É um complemento ao tratamento”, destaca a terapeuta ocupacional, Talyta Guarnieri, que coordena um dos grupos.
Além do de Talyta, às terças-feiras, a psicóloga Kateri Rodrigues é responsável por outro grupo da horta, que se reúne às quartas-feiras. “A gente comprou tudo que precisava para montar a horta, as ferramentas, os tijolos pros canteiros, as mudas, matéria orgânica”, lembra Tilly, como é carinhosamente chamada. “E continuamos comprando e fazendo de tudo para que ela não se destrua.”
Todos os pacientes que participam dos grupos, juntamente com funcionários do Caps, são responsáveis pela manutenção da horta, do plantio à colheita. “É uma atividade que exige tempo, cuidado, compromisso, disciplina, paciência, porque demora pra gente colher. É uma forma de trabalhar tudo isso”, diz Talyta, lembrando algumas regrinhas para participar do grupo: “tem de ser paciente do Caps, passar por uma triagem e cumprir o horário”.
Os resultados são surpreendentes. “Todos que participam se tornaram mais proativos, comprometidos”, comemoram as coordenadoras. Os pacientes se reúnem toda terça pela manhã e quarta à tarde. “Além disso, eles se dividem para virem em outros dias da semana para regar a horta. E todos cumprem direitinho.”
Como o seo Antonio Gomes da Cunha, de 68 anos, morador no Jardim Pedroso. Ele está no grupo desde o início, quando ainda era um “pedacinho” de canteiro. “Mexer com a horta me desestressa, fico mais tranquilo”, conta ele, que é o responsável por cuidar da horta às quintas-feiras. “Além de ter um compromisso, é uma terapia e está me ajudando a sair de casa.”
Também morador do Jardim Pedroso, Vicente Paulo da Silva Júnior, 43 anos, é outro que participa do grupo desde o início e sente os benefícios dessa terapia “além do consultório”. “Aqui me distrai, a cabeça fica mais calma. E a gente leva o que produz pra casa”, diz.
Nesses quase dois anos, a horta cresceu em tamanho e quantidade de culturas plantadas. Começou com um canteiro pequeno e três ou quatro hortaliças. Hoje, são três grandes canteiros e mais de 20 variedades, entre verduras e legumes, entre eles: couve, alface, almeirão, rúcula, beterraba, chuchu, abobrinha, cenoura, berinjela, entre outros.
A atividade envolveu várias etapas e todas com participação efetiva dos pacientes, desde o planejamento do espaço, a divisão de tarefas, o preparo dos canteiros, a busca pelas ferramentas, até começar a plantar e cuidar da horta efetivamente.
Talyta destaca ainda que a frequência nos grupos é uma forma de os pacientes se envolveram mais com o Caps. “Assim a gente consegue observá-los mais de perto, criar um vínculo de confiança”. Tilly complementa: “A horta ajuda esses pacientes na jornada deles”.
https://www.cabreuva.sp.gov.br/horta+promove+socializacao+e+desperta+interesse+em+pacientes+do+caps.aspx