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DEZ
Agente comunitário: o vínculo entre a população e a Saúde
Atualizado em 07 Jan 2020 às 10h
Há quase cinco anos, eles percorrem a cidade e visitam casa a casa os moradores das regiões do Bananal, Vale Verde, Centro, Pinhal e Vilarejo.
Eles são os agentes comunitários de saúde, que têm a missão de promover a saúde dos moradores e ser um elo entre o “postinho” e a população dos bairros onde atuam. Mas ainda há quem resista em abrir as portas para esses incansáveis profissionais, que não desistem e muitas vezes caminham quilômetros por dia para atender seus pacientes.
Esse profissional, também chamado de ACS, faz parte da estratégia de saúde da família (ESF), prevista na Política Nacional de Atenção Básica. Em Cabreúva, as primeiras equipes foram formadas em 2015, na gestão do prefeito Henrique Martin. Atualmente, a cidade conta com o trabalho de 29 ACSs.
A secretária de Saúde, Rita Hollo, lembra que esses profissionais têm um papel importante no acolhimento, especialmente daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade. “Eles criam e estreitam os vínculos entre o conhecimento técnico e o saber popular. E possibilitam que as necessidades da população cheguem à equipe de profissionais da unidade de saúde”, reforça.
O trabalho dos agentes comunitários também tem sido muito importante na prevenção e combate do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. “Eles já incorporaram na rotina a busca ativa por criadouros e as orientações para prevenir a doença”, destaca Rita.
Mas, mesmo após tanto tempo nas ruas, algumas pessoas ainda desconhecem a figura e o trabalho do agente de saúde e recusam o atendimento. É comum o profissional ouvir do morador que não pode atendê-lo ou que tem plano de saúde particular e não precisa do postinho.
O que esses moradores não sabem, é que o trabalho do ACS vai além de uma simples visita: eles conversam, ouvem, observam a família, fazem um diagnóstico, dão orientação conforme a necessidade de cada pessoa e estão conseguindo melhorar a qualidade de vida da população.
VISITAS E SOLIDARIEDADE
As visitas dos agentes comunitários são mensais. Mesmo que ninguém da família tenha problemas de saúde, ela vai continuar sendo assistida. Há casos, porém, que as visitas podem ser semanais. Pacientes prioritários, como acamados, idosos, hipertensos, diabéticos, crianças até 3 anos ou em situação de vulnerabilidade, por exemplo, precisam de acompanhamento mais frequente.
Pacientes como dona Odete Rodrigues, de 74 anos, que mora na Barrinha, área rural da cidade. Toda semana ela recebe o agente comunitário Flávio Alves, da equipe da USF Vale Verde, sempre com um sorriso no rosto. “Até que enfim você apareceu”, disse ela, na visita desta semana.
Flávio acompanha Odete há cerca de dois anos, sempre com uma bolachinha ou uma fruta em mãos. Ela tem dificuldade de locomoção e vive sozinha desde que o marido morreu há alguns meses. “Venho toda semana, vejo se ela está comendo, se está precisando de alguma coisa. Quando o médico está na unidade, trago ele junto pra examiná-la”, conta o agente.
Depois de alguns minutos de conversa, Odete chora ao falar de sua situação: vive sem nenhuma renda, não tem condições de trabalhar, não recebe a pensão do marido por um erro do cartório, mora de favor numa pequena casa e os filhos nunca aparecem. Só uma neta costuma visita-la no final de semana.
“É sempre assim. A gente fica tocado”, se emociona Flávio, ex-fiscal tributário e que está há quase cinco anos nesse trabalho. “É uma situação complicada. Apesar de não fazer parte do meu trabalho, eu sempre trago alguma coisa pra ela comer. Às vezes, venho no fim de semana com minha mulher e trago alguns mantimentos. É questão de humanidade.”
Perto dali, outro encontro confirmou a importância da frequência das visitas em alguns casos. Quando Flávio chegou, o paciente Odilon Nascimento, de 85 anos, estava sentado na varanda. Ao entrar na casa, sentiu um forte cheiro de gás. Odilon havia esquecido de acender o fogo, mas o gás estava aberto.
“Ele também vive sozinho. É viúvo há mais de dez anos e o único filho mora em São Paulo”, comenta o agente, que tem ajudado Odilon no tratamento de câncer de próstata. “Como ele não sabe ler bem e precisa tomar muitos remédios, a gente separou cada medicamento em um copinho e colocou um papelzinho com o horário que deve ser tomado. Além disso, ele adora conversar, contar histórias. A gente acaba se transformando num amigo.”
CONHEÇA AS EQUIPES DE ACS DE CABREÚVA:
USF BANANAL
Alesandra Leme da Silva
Elenice Honório
Esdra Silmara Zambelli
Gislaine Teixeira Flora
USF VALE VERDE
Flávio Alves
Lucas Prado
Angela Minotti
Claudio Bettega
CS3 (USF CENTRO)
Arthur Spina Maron
Daniel Nunes da Silva
Katy Stefanie Paulino Ribeiro
Patricia Carolina Barros Santana
USF VILAREJO
Beatriz Fatina Pinetti
Daniella Christina Rodrigues Galioti Domingues
Ericka de Oliveira Pinto
Hiara Pereira dos Santos
Iracema Ribeiro dos Santos
Juliana Pinetti Martins
Leandro Vinicius Torres Veras
Luciana Aparecida Mota de Moraes
Milene Patrícia da Silva Dias
Nathália de Souza Costa
Rosaura Maria Mancini da Conceição
Tiária Nunes Nogueira Feitosa
Vera Lucia K. Hirata da Conceição
USF PINHAL
Ariane Favorato Rosa
Renata Juliana de Oliveira Santolica
Nilce Cristina Batista Silva
Debora Vargas de Souza
Agente comunitário: o vínculo entre a população e a Saúde
Há quase cinco anos, eles percorrem a cidade e visitam casa a casa os moradores das regiões do Bananal, Vale Verde, Centro, Pinhal e Vilarejo.
Eles são os agentes comunitários de saúde, que têm a missão de promover a saúde dos moradores e ser um elo entre o “postinho” e a população dos bairros onde atuam. Mas ainda há quem resista em abrir as portas para esses incansáveis profissionais, que não desistem e muitas vezes caminham quilômetros por dia para atender seus pacientes.
Esse profissional, também chamado de ACS, faz parte da estratégia de saúde da família (ESF), prevista na Política Nacional de Atenção Básica. Em Cabreúva, as primeiras equipes foram formadas em 2015, na gestão do prefeito Henrique Martin. Atualmente, a cidade conta com o trabalho de 29 ACSs.
A secretária de Saúde, Rita Hollo, lembra que esses profissionais têm um papel importante no acolhimento, especialmente daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade. “Eles criam e estreitam os vínculos entre o conhecimento técnico e o saber popular. E possibilitam que as necessidades da população cheguem à equipe de profissionais da unidade de saúde”, reforça.
O trabalho dos agentes comunitários também tem sido muito importante na prevenção e combate do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. “Eles já incorporaram na rotina a busca ativa por criadouros e as orientações para prevenir a doença”, destaca Rita.
Mas, mesmo após tanto tempo nas ruas, algumas pessoas ainda desconhecem a figura e o trabalho do agente de saúde e recusam o atendimento. É comum o profissional ouvir do morador que não pode atendê-lo ou que tem plano de saúde particular e não precisa do postinho.
O que esses moradores não sabem, é que o trabalho do ACS vai além de uma simples visita: eles conversam, ouvem, observam a família, fazem um diagnóstico, dão orientação conforme a necessidade de cada pessoa e estão conseguindo melhorar a qualidade de vida da população.
VISITAS E SOLIDARIEDADE
As visitas dos agentes comunitários são mensais. Mesmo que ninguém da família tenha problemas de saúde, ela vai continuar sendo assistida. Há casos, porém, que as visitas podem ser semanais. Pacientes prioritários, como acamados, idosos, hipertensos, diabéticos, crianças até 3 anos ou em situação de vulnerabilidade, por exemplo, precisam de acompanhamento mais frequente.
Pacientes como dona Odete Rodrigues, de 74 anos, que mora na Barrinha, área rural da cidade. Toda semana ela recebe o agente comunitário Flávio Alves, da equipe da USF Vale Verde, sempre com um sorriso no rosto. “Até que enfim você apareceu”, disse ela, na visita desta semana.
Flávio acompanha Odete há cerca de dois anos, sempre com uma bolachinha ou uma fruta em mãos. Ela tem dificuldade de locomoção e vive sozinha desde que o marido morreu há alguns meses. “Venho toda semana, vejo se ela está comendo, se está precisando de alguma coisa. Quando o médico está na unidade, trago ele junto pra examiná-la”, conta o agente.
Depois de alguns minutos de conversa, Odete chora ao falar de sua situação: vive sem nenhuma renda, não tem condições de trabalhar, não recebe a pensão do marido por um erro do cartório, mora de favor numa pequena casa e os filhos nunca aparecem. Só uma neta costuma visita-la no final de semana.
“É sempre assim. A gente fica tocado”, se emociona Flávio, ex-fiscal tributário e que está há quase cinco anos nesse trabalho. “É uma situação complicada. Apesar de não fazer parte do meu trabalho, eu sempre trago alguma coisa pra ela comer. Às vezes, venho no fim de semana com minha mulher e trago alguns mantimentos. É questão de humanidade.”
Perto dali, outro encontro confirmou a importância da frequência das visitas em alguns casos. Quando Flávio chegou, o paciente Odilon Nascimento, de 85 anos, estava sentado na varanda. Ao entrar na casa, sentiu um forte cheiro de gás. Odilon havia esquecido de acender o fogo, mas o gás estava aberto.
“Ele também vive sozinho. É viúvo há mais de dez anos e o único filho mora em São Paulo”, comenta o agente, que tem ajudado Odilon no tratamento de câncer de próstata. “Como ele não sabe ler bem e precisa tomar muitos remédios, a gente separou cada medicamento em um copinho e colocou um papelzinho com o horário que deve ser tomado. Além disso, ele adora conversar, contar histórias. A gente acaba se transformando num amigo.”
CONHEÇA AS EQUIPES DE ACS DE CABREÚVA:
USF BANANAL
Alesandra Leme da Silva
Elenice Honório
Esdra Silmara Zambelli
Gislaine Teixeira Flora
USF VALE VERDE
Flávio Alves
Lucas Prado
Angela Minotti
Claudio Bettega
CS3 (USF CENTRO)
Arthur Spina Maron
Daniel Nunes da Silva
Katy Stefanie Paulino Ribeiro
Patricia Carolina Barros Santana
USF VILAREJO
Beatriz Fatina Pinetti
Daniella Christina Rodrigues Galioti Domingues
Ericka de Oliveira Pinto
Hiara Pereira dos Santos
Iracema Ribeiro dos Santos
Juliana Pinetti Martins
Leandro Vinicius Torres Veras
Luciana Aparecida Mota de Moraes
Milene Patrícia da Silva Dias
Nathália de Souza Costa
Rosaura Maria Mancini da Conceição
Tiária Nunes Nogueira Feitosa
Vera Lucia K. Hirata da Conceição
USF PINHAL
Ariane Favorato Rosa
Renata Juliana de Oliveira Santolica
Nilce Cristina Batista Silva
Debora Vargas de Souza
https://www.cabreuva.sp.gov.br/agente+comunitario+o+vinculo+entre+a+populacao+e+a+saude.aspx